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Grandes Nomes do Espiritismo

Francisco Cândido Xavier

Filho do operário João Cândido Xavier e da doméstica Maria João de Deus. Nasceu a 2 de abril de 1910, na cidade de Pedro Leopoldo.
A desencarnação de dona Maria João de Deus, deu-se quando o Chico tinha 5 anos.Dos nove filhos, seis foram entregues a padrinhos e amigos.

Chico sofreu muito em companhia de sua madrinha. Conta ele, que apanhava três vezes por dia, com vara de marmelo. O pai de Chico casou-se novamente, Cidália Batista, de cujo casamento advieram mais seis filhos (André Luiz, Lucília, Neusa, Cidália, Doralice e João Cândido).
Por essa ocasião, deu-se o seu retorno à companhia do pai, dos irmãos e de sua segunda mãe dona Cidália, que tratava a todos com muito carinho.Sua escolaridade vai até o curso primário. Trabalhou a partir dos oito anos de idade, de 15h às 2h, numa fábrica de tecidos.
Católico até o ano de 1927, o Padre Sebastião Scarzelli era seu orientador religioso.

Com a obsessão de uma de suas irmãs, a família teve que recorrer ao casal de espíritas, Sr. José Hermínio Perácio e dona Carmem Pena Perácio, que após algumas reuniões e o esforço da família do Chico, viu-se curada. A partir daí, foi mantido o Culto do Evangelho no Lar, até que naquele ano de 1927, o Chico, respeitosamente, despediu-se do bondoso padre, que lhe desejou amparo e proteção no novo caminho. (...)

No ano de 1927, funda em Pedro Leopoldo, junto com outras pessoas, o Centro Espírita Luiz Gonzaga. Em 08/08/44, Chico Xavier, por meio do advogado Dr. Miguel Timponi, em co-autoria com a FEB - Federação Espírita Brasileira, inicia contestação à ação declaratória movida pela Sra. Dª. Catharina Vergolino de Campos, viúva do famoso escritor desencarnado Humberto de Campos, sob a fundamentação de ser necessário concluir se efetivamente a obra psicografada pelo Chico, como sendo do notável escritor patrício, Humberto, após sua desencarnação. Ao final desse longo pleito, através de críticos literários, os mais consagrados, concluiu-se ser autêntica a obra em questão (ver o assunto completo no livro "A Psicografia ante os Tribunais, de autoria do advogado Dr. Miguel Timponi - Ed. FEB).

Dos quatro empregos que teve, por 32 anos trabalhou na Escola Modelo do Ministério da Agricultura, em Pedro Leopoldo e Uberaba, nesta última cidade, a partir de 1959, quando para lá se transferiu.

Chico sempre se sustentou com seu modesto salário, não onerando a ninguém. Aposentou-se como datilógrafo subordinado ao Ministério da Agricultura. Jamais se locupletou como médium. Ganhava, dos mais simples aos mais valorizados presentes (canetas, fazendas, carros), mas, de tudo se desfazia educadamente. Dos quatrocentos e doze livros psicografados, os quais pela lei dos homens lhe pertenciam os direitos autorais, de todos se desfez doando-os a federativas espíritas e a instituições assistenciais beneficentes, num verdadeiro exemplo vivo de cidadania e amor ao próximo.

É bastante diversificada a obra literária do Chico, senão vejamos: o primeiro livro publicado foi "Parnaso de Além Túmulo", escrito por 56 poetas desencarnados, compreendendo brasileiros e portugueses. O Evangelho é tema de vasta obra psicografada pelo Chico, especialmente de Emmanuel: Caminho, Verdade e Vida, Pão Nosso, Vinha de Luz, Fonte Viva, Livro da Esperança, Palavras de Vida Eterna, Segue-me, Bênção de Paz. A monumental obra psicografada pelo Chico já teve livros traduzidos para o esperanto, o francês, o inglês, o espanhol, o japonês, o tcheco e o polonês.

Pelo fato de o Chico, invariavelmente, registrar em cartório a doação dos direitos autorais a que teria direito em favor de instituições beneficentes, que pela lei do homem lhe caberia sobre 412 obras, tal procedimento possibilita grande fonte de recursos a essas instituições m
esmo depois de sua morte. E já são mais de 30 milhões de exemplares editados.

A data do início do mandato mediúnico do Chico é considerada 8 de julho de 1927, mas o reencontro com seu guia espiritual Emmanuel, deu-se nos fins de julho de 1931 (ver interessante diálogo que se estabeleceu entre os dois, conforme relata o livro "Chico Xavier Mandato de Amor", UEM, p. 30-31).

Poder-se-á dizer que Chico foi um médium completo, tanto do ponto de vista moral quanto da técnica mediúnica.

O saudoso professor Herculano Pires o chamava de "homem-psi".

Elias Barbosa diz que dele poder-se-á dizer "do alto dos telhados", tratar-se do maior médium psicógrafo do mundo.

O culto e saudoso professor Rubens Romanelli, dizia com relação a Chico Xavier: "Trata-se de um dos maiores autodidatas que já conheci".

Ao longo de seus 75 anos de mandato mediúnico tornaram-se incontáveis os títulos honoríficos a que fez jus:

- Dezenas de cidadanias;

- Mais de uma centena de biografias;

- Instituiu-se a Comenda da Paz Chico Xavier, por decreto estadual;

- Comenda Chico Xavier instituída pela Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo;

- O Mineiro do Século, por promoção da Telemar e da Rede Globo Minas, etc, etc;

- Pelos auditores independentes da Receita Federal, foram eleitas as 8 mais importantes figuras mundiais: Madre Tereza de Calcutá, Chico Xavier, Mandela, Sabin, Carlitos, Santos Dumont, Gandhi e Che Guevara.

- O Maior Brasileiro da História por promoção da Revista Época - 2006.

Por dados estatísticos fornecidos por órgãos da Imprensa Nacional, em seu velório que se iniciou no domingo, 30 de junho, até terça-feira, 2 de julho do ano de 2002, em certos momentos, a fila chegou à extensão de 4 km. E diante do esquife, a média era de 40 pessoas, a cada minuto. Era comovente a serenidade e o silêncio do povo, apesar de ter que esperar horas e horas seguidas na fila, sob o forte sol uberabense, para a despedida aos despojos físicos do médium. Foi sepultado com honras militares debaixo de uma chuva de pétalas de rosas.

Eric Fronn nos ensina que "só o amor é justificativa à presença humana". O Chico
"triplica" essa justificativa. Muitos o cognominam: "um homem chamado amor".

Fontes:
https://caminheirosdafraternidade.com.br/cursos/curso-chico-xavier/upload/obras/obra-de-chico-xavier.pdf

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