A importância de Nosso Senhor Jesus é tão grande que, até os dias de hoje, a história é dividida em AC (Antes de Cristo) e DC (Depois de Cristo). E tambem não é sem motivo. O código de ética, de moral e de justiça que Ele nos legou está presente na Constituição de todos os povos ocidentais, independentemente da forma de governo adotada em cada país.

Esse código atravessou os milênios e chegou até nós através dos quatro Evangelhos que formam o Novo Testamento: Evangelho de Mateus, de Marcos, de Lucas e de João. A palavra Evangelho é derivada do grego e significa “Boa Nova”. Em sua essência, representa o mais elevado código de conduta existente na humanidade. Seu conteúdo aponta o caminho da sabedoria, da paz e do progresso espiritual, norteando as ações e realizações pessoais em direção ao bem comum, através da sutil mudança operada na forma de sentir, pensar, agir e de nos relacionar com Deus, nosso pai Criador.

Em 1864, Allan Kardec publicou “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. Nele, os preceitos morais ensinados por Jesus são analisados sob a perspectiva do novo conceito trazido pelos Espíritos Benfeitores da humanidade terrena: o Espiritismo. À época do seu lançamento, o livro provocou uma reformulação geral dos conceitos cristãos vigentes, na medida em que desapareceram as proibições, os dogmas e os pecados, tendo sido colocado em seu lugar uma liberdade irrestrita, porem responsável, de pensamento, ação, crença e fé até então desconhecidas. Seus postulados demonstram ser desnecessário decorar e citar versículos, passagens ou parábolas contidas nos Evangelhos. A partir de agora, basta conhece-los e permitir que penetrem em nosso íntimo. Lá eles provocarão, naturalmente, sensíveis mudanças para melhor em nosso modo de sentir, pensar e agir. Em outras palavras, nos transformarão em pessoas melhores e mais afinadas com as eternas Leis Divinas.

Além do estudo dessa obra, é importante considerar também a prática constante do “Evangelho no Lar”. O livro “Entre a terra e o céu”, ditado por André Luiz ao querido Chico Xavier, traz no capítulo sete (cujo título é “Num lar cristão”), todo o desenrolar físico e espiritual que se verifica nos dois planos da vida durante a sua prática. Evidência, inclusive, o benefício colhido pelas crianças e adolescentes participantes do culto, uma vez que o caráter, personalidade e temperamento deles ainda estão em formação, portanto, passíveis de receber e assimilar conceitos e influências que os transformarão em reais pessoas de bem.