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Grandes Nomes do Espiritismo

Luis IX

Luís IX, rei da França, nasceu no dia 25 de abril de 1214, no castelo real de Poissy, próximo a Paris. Era o quarto filho de Luís VIII e de Branca de Castela, filha de Afonso VIII, rei da Espanha.

Recebeu educação esmerada, especialmente a partir do momento em que, devido a morte dos irmãos mais velhos, tornou-se o herdeiro do trono. Seus pais, ambos piedosos e zelosos, o cercaram de cuidados e trataram pessoalmente da sua educação e formação religiosa. Foram bem-sucedidos, pois Luís IX tornou-se um dos soberanos mais benevolentes da história, além de fervoroso cristão.

Com a morte prematura do pai em 1226, quando Luís contava apenas 12 anos de idade, foi coroado rei e recebeu o nome de Luís IX, o quadragésimo Rei da França desde o início da monarquia e o nono da terceira raça, da qual Hugo Capeto foi o tronco. Sua mãe, caridosa e possuidora de elevadas qualidades morais, intelectuais e espirituais, tutelou o filho, pois ele era muito novo para dirigir a Corte sozinho. Tomou as rédeas do poder e manteve o filho longe da vida depravada das cortes de então até ele atingir os 21 anos de idade.

Em 1235 Luís IX casou-se com Margarida de Provença, filha mais velha do Conde de Provence e de Forcalquier, Raimundo Béranger IV e de Beatriz de Sabóia. Margarida, assim como ele, cultivava grandes virtudes e ao todo tiveram 11 filhos. Luís IX reinou com justiça e solidariedade. Possuía elevado senso de piedade, o que era incomum nos nobres e poderosos da época. Tinha o coração voltado para as coisas de Deus e lia com frequência a Sagrada Escritura e as obras dos Santos, aconselhando sua leitura a todos os nobres da Corte. Com o auxílio da jovem rainha, fundou igrejas, conventos e hospitais, além de abrigos para os pobres, órfãos, velhos e doentes. Os filhos, todos educados por eles, tornaram-se reis e rainhas de muitas cortes e assim como seus pais, também governaram com sabedoria, prudência e caridade.

Luís IX adquiriu do imperador de Constantinopla, Balduíno II, a coroa de espinhos que, segundo a tradição, teria sido usada por Jesus durante a crucificação e mandou erguer a belíssima igreja de Sainte-Chapelle, onde abrigou-a numa redoma de cristal. A igreja de Sainte-Chapelle, erguida de 1245 a 1248, fica em Paris e se encontra em atividade até hoje.

Acometido de grave doença em 1245, Luís IX fez uma promessa: caso sobrevivesse, empreenderia uma cruzada contra os turcos muçulmanos que ainda ocupavam a Terra Santa. Recuperou a saúde e, apesar da oposição da Corte, cumpriu o prometido. Preparou um grande exército para reconquistar Jerusalém e Damasco.

Organizou a sétima cruzada e, em 1248, à frente de um exército de 35.000 homens e uma frota de cerca de cem navios, desembarcou em Damietta, no Egito. A sorte, porém, não o favoreceu. Uma peste se abateu sobre suas tropas e, como se não bastasse, a enchente do Nilo (comum nessa época do ano), impediu-o de prosseguir. Seus soldados foram forçados a se retirar e ele, sua família e os nobres que o acompanhavam foram capturados pelos muçulmanos e permaneceram em cativeiro durante seis anos.

Libertado em troca de resgate, permaneceu no Egito por mais quatro anos, período em que transformou a derrota militar numa bem-sucedida negociação diplomática, realizando várias alianças economicamente vantajosas para a França, além daquelas que, estrategicamente, muito fortaleceram as cidades cristãs da Síria. Com esses feitos, ao retornar à França em1254, contava com imenso prestígio não só junto ao seu povo, como também sobre toda a Europa.

Uma grande mudança, porém, se processa no espírito de Luís IX após seu retorno da sétima cruzada. Fora feito prisioneiro, e pior, prisioneiro dos infiéis, fato que muito o entristeceu e envergonhou. Luís retorna mais austero e estabelece um programa de purificação na ordem moral e religiosa de seus súditos e, por consequência, de todo o seu reino.

Em 1254, ano de seu retorno, inicia uma grande reforma ao promulgar a “grande ordenação”, um conjunto de textos assim denominado devido a amplitude e importância das reformas que trazia. A obra foi considerada a “primeira ordenação real” e a “carta das liberdades francesas”, chegando a ser conhecida também como “estatuto geral” ou “estatutos de São Luís”.

Os oficiais reais deveriam, a partir de então, distribuir a justiça sem distinção de pessoas, não aceitar nenhum presente superior a dez soldos, recusar igualmente todo presente oferecido a suas mulheres e filhos, não dar nenhum, por sua vez, aos encarregados dos exames de suas contas nem aos seus superiores, suas mulheres e seus filhos. Estão proibidos de comprar imóveis no território em que exercem suas funções, bem como de neles casar seus filhos. Não poderão prender ninguém por dívidas, excetos as dívidas para com o rei; não poderão cancelar nenhuma multa sem que os culpados presumidos passem por julgamento, e considerarão que todo acusado ainda não condenado é presumivelmente inocente. Não venderão seus serviços. Não impedirão o transporte do trigo (medida visando combater a fome e impedir a estocagem de cereais). Deverão permanecer afastados ou nomear procuradores, deixando a eles suas funções durante 40 dias, para, deste modo, poderem responder às queixas de que, eventualmente, forem objeto. Um artigo adicional proíbe as requisições abusivas de cavalos.

Trata-se de uma moralização da administração real que transbordou para práticas comuns do dia a dia, como jogos de azar (dados, gamão, damas, xadrez), as visitas a bordéis, as blasfêmias, a usura etc. As prostitutas são expulsas das “boas cidades” e particularmente das ruas do centro e relegadas aos espaços fora dos muros, distantes das igrejas e dos cemitérios. A grande ordenação engloba, assim, uma mistura de prescrições morais, de regras de boa administração e de princípios modernos de justiça.

Obedecendo a imperativos religiosos e morais, não colocou nada acima dos interesses de Deus e da religião, assim como nunca parou de servir, ao mesmo tempo, aos interesses do poder real e da França. Foi assim que, em 1269, organizou nova Cruzada contra os muçulmanos. Novamente a peste atacou seu exército assim que desembarcou em Túnis, na Tunísia. Era já o ano de 1270 e Luís IX, no dia 25 de agosto, assim como grande parte de seu exército, morreu atacado pela praga.

Os cruzados voltaram para a França trazendo seu corpo. Enterrado na Basilique de Saint-Denis, tornou-se local de intensa peregrinação, onde vários milagres foram observados. Assim, em 1297 o papa Bonifácio VIII declarou Luís IX, rei da França, Santo, mantendo o culto e a adoração que o povo já conferia ao ex-rei desde o dia de sua morte.

Após seu desencarne a médium Ermance Dufaux psicografou inúmeras mensagens do Luis IX e algumas delas estão nas obras básicas da Doutrina Espírita.

Fontes:
http://biografias.netsaber.com.br/biografia-3452/biografia-de-luis-ix--o-sao-luis https://www.historia.uff.br/stricto/td/1658.pdf https://comeceodiafeliz.com.br/santo/sao-luiz-ix https://santo.cancaonova.com/santo/sao-luis-homem-de-oracao-e-caridade/

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