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Grandes Nomes do Espiritismo

Leopoldo Cirne

Nasceu na Paraíba no dia 13 de abril de 1870. Logo demonstrou ser uma criança inteligente e com vontade de estudar. Já residindo em Recife, aos onze anos foi obrigado a interromper os estudos, para trabalhar no comércio. Em 1891 transferiu-se para o Rio de Janeiro onde, em 1894, Alfredo Pereira o leva a uma sessão na qual se discutiria a tese: Como conciliar o livre-arbítrio com o determinismo da prova.

Terminada a sessão, Cirne começa a discutir com Alfredo Pereira a tese do dia como se fosse um veterano. Grande psicólogo, Alfredo percebeu a espontânea conversão do materialista e seu grande talento. Deu-lhe um exemplar de “O Livro dos Espíritos” e pediu-lhe que usasse da palavra na próxima reunião. Cirne não conseguiu ler mais do que a introdução dessa obra-prima de Kardec. Pôs de lado o livro, como se encerrasse um assunto sabido. Era espírita de nascença, como Bezerra de Menezes. E quando Dias da Cruz, na sessão seguinte, coloca em discussão a tese, foi com desconfiança e curiosidade geral que aquele novato de olhos azuis pediu a palavra, tirou do bolso uma tira de papel e começou a falar.

O presidente sussurrou ao ouvido de Alfredo Pereira:
- Quem é esse moço?
- Um amigo de Pernambuco, que me veio recomendado pelo Teodureto Duarte.
- Agarra-o para nós, precisamos dele.
- Já está seguro. Vai ajudar-me no Reformador.

E assim foi. Durante vinte anos o Reformador (a primeira revista espírita brasileira), teve nele uma pena de mestre. No dia 11 de abril de 1900 desencarna Bezerra de Menezes, então Presidente da Federação Espírita Brasileira e Leopoldo Cirne, na qualidade de vice, assume a presidência da Casa, cargo em que permaneceu até o ano de 1913.

Em 1911, Leopoldo Cirne inaugurou a nova sede da FEB, iniciada por ele. Ainda na gestão de Leopoldo, a FEB reuniu vários Centros Espiritas do Rio de Janeiro e de outros Estados, resultando desse encontro o programa unificador “Bases de Organização Espírita”.

O seu tipo físico nos é retratado pelo brilhante confrade jornalista, escritor e tradutor, Francisco Klors Wernec, em carta que nos enviou, em 28/5/1973: Eu ainda não era espírita e me achava longe de o ser quando me encontrei na rua com um senhor alto, claro, calvo e de grandes bigodes, o qual, mais tarde, vim a saber que se tratava de Leopoldo Cirne, de saudosa memória.

As suas traduções de “No Invisível” e “Cristianismo e Espiritismo”, do grande Léon Denis, veem sendo reeditadas até hoje. Wantuil de Freitas considera Leopoldo Cirne como um dos grandes pensadores do movimento Espírita do país, sendo mesmo
cognominado - O Léon Denis Brasileiro. Sua desencarnação ocorreu no Rio de Janeiro, no dia 31 de julho de 1941. No mês seguinte, a revista Reformador trazia em suas páginas aquele acontecimento, das quais extraímos os seguintes dizeres:

(...) Tendo ainda, a serviço da inteligência e do coração, cujos dotes se consorciavam admiravelmente, o dom, precioso para um expositor de doutrina, de uma palavra fácil, correntia, eloquente por vezes e sempre clara e tocante, ele se afirmou, presidindo a Federação, exímio pregador e instrutor notável, a cuja penetração mental nenhum embaraço insuperável oferecia qualquer ponto da matéria que versava, por mais obscuro e intrincado que fosse.

(...) Por outro lado, em Leopoldo Cirne, teve o Espiritismo um escritor de muito merecimento. De pendor ingênuo para o jornalismo, manejando a pena com invulgar destreza, sabendo exprimir em estilo correto os pensamentos e desenvolver com clareza suas ideias e com apurada lógica na argumentação, o Reformador guarda, em suas coleções, enorme série de seus excelentes artigos, mesmo notáveis muitos, assim como estudos amplos e aprofundados das mais importantes questões doutrinárias e de assuntos filosóficos em geral.

(...) Por isso e porque sabemos que nada ocorre à revelia da Lei Divina, que tudo tem a sua razão de ser providencial, e, portanto, justa, não lhe lamentamos a partida, como o faríamos se a encarássemos do ponto de vista estritamente humano, senão que com ele nos congratulamos, por se lhe haverem aberto as portas do cárcere da carne, para lhe ser dado, conforme certamente ocorreu, comparecer diante do Mestre Divino, a dizer-lhe: “Aqui está, Senhor, o teu servo cumpriu o que lhe ordenaste, dispõe dele como aprouver a tua sabedoria e a tua misericórdia”.

Fontes:
http://www.geae.net.br/index.php/pt-br/movimento-espirita/biografias-espiritas/53-leopoldo-cirne.html

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