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Grandes Nomes do Espiritismo

Irmãs Fox

Em março de 1848 aconteceram, em Hydesville, Estados Unidos, os primeiros fenômenos espíritas dos tempos modernos. Em Dezembro de 1847, a família Fox instalou-se em modesta casa de Hydesville, no Estado de Nova York. O grupo compunha-se do chefe da família, John Fox, da esposa Margareth Fox e duas filhas; Kate e Margareth, então adolescentes. O casal possuía outros filhos, entre eles Leah, que morava em Rochester, distante cerca de 30 km, onde lecionava música.

Inicialmente os Fox não sofreram nenhum incômodo em sua nova residência. Entretanto, nos dois primeiros meses de 1848, os mesmos ruídos que perturbaram os antigos inquilinos voltaram a se manifestar e seus ocupantes passaram então a ouvir arranhões, ruídos e pancadas, no forro da sala, no assoalho, nas paredes e nos móveis.

Os ruídos se intensificaram a partir de março de 1848. Batidas mais nítidas e sons semelhantes ao arrastar de móveis começaram a se fazer ouvir, pondo as meninas em sobressalto, a ponto de se negarem a dormir sozinhas em seu quarto. A princípio, os habitantes da casa se levantavam e procuravam localizar a causa do fenômeno, sempre sem sucesso. As meninas, por brincadeira, associaram os ruídos ao barulho produzido por alguém que, com problema nos pés, andava de um lado para o outro arrastando-os, produzindo aquele estranho e característico ruído.

Na noite de 31 de março de 1848, a filha menor do casal, Kate, disse, batendo palmas: “Sr. Pé Rachado, faça o que eu faço”. Imediatamente repetiram-se as palmadas. Quando ela parou, o som também parou. Em face daquela resposta, Margareth, então, disse, brincando: “Agora faça exatamente como eu. Conte um, dois, três, quatro, e bateu palmas”. O que ela havia solicitado foi repetido com incrível exatidão. Kate, adiantando-se, disse, na sua simplicidade infantil: “Oh! mamãe! eu já sei o que é. Amanhã é primeiro de abril e alguém quer nos pregar uma mentira”. A mãe relatou mais tarde: “Então pensei em fazer um teste que ninguém seria capaz de responder. Pedi que fossem indicadas as idades de meus filhos, sucessivamente”. Instantaneamente foi dada a exata idade de cada um, fazendo pausa de um para outro a fim de separar até o sétimo, depois do que se fez uma pausa maior e três batidas mais fortes foram dadas, correspondendo à idade do menor, que havia morrido. Então perguntei: “É um ser humano que me responde tão corretamente?” Não houve resposta. Perguntei: “É um espírito? Se for, dê duas batidas”. Duas batidas foram ouvidas assim que fiz o pedido. Então eu disse: “Se for um espírito assassinado dê duas batidas”. Essas foram dadas instantaneamente, produzindo um tremor na casa. Perguntei: “Foi assassinado nesta casa?” A resposta foi como a precedente. “A pessoa que o assassinou ainda vive?” Resposta idêntica, por duas batidas. Pelo mesmo processo verifiquei que fora um homem que o assassinara nesta casa e seus despojos enterrados na adega; que a família era constituída de esposa e cinco filhos, dois rapazes e três meninas, todos vivos ao tempo de sua morte, mas que depois a esposa morrera. Então perguntei: “Continuará a bater se chamarmos os vizinhos para que também escutem?” A resposta afirmativa foi alta.

Todos ficaram abalados com os acontecimentos. Numa semana a senhora Fox ficou grisalha. E como tudo sugeria que os fenômenos estivessem ligados às duas meninas, Margareth e Kate, elas foram afastadas de casa. Mas em casa do seu irmão David Fox, para onde foi Margareth, e na casa de sua irmã Leah, onde Kate ficou hospedada, os mesmos ruídos se fizeram ouvir. Leah, a irmã mais velha, teve de interromper as aulas de música, pois passou também a ser intermediária dos fenômenos.

Descobriu-se que o Espírito comunicante era um antigo vendedor ambulante de nome Charles Rosma, que, daquele modo, procurava revelar a sua presença e entrar em contato com as pessoas da casa. Ele fora, anos antes, assassinado na casa de Hydesville. Revelou que havia sido morto com uma faca de açougueiro, cinco anos antes; que o corpo tinha sido levado para a adega; que só na noite seguinte é que havia sido sepultado; tinha passado pela despensa, descido a escada, e enterrado a três metros aproximadamente do solo. Adiantou, também, que o móvel do crime fora o dinheiro que possuía, cerca de quinhentos dólares. Os mais interessados em esclarecer o caso resolveram escavar a adega, visando encontrar os despojos do suposto assassinado. É bom se esclareça que chegaram à identidade e à história do Espírito por meio de uma combinação alfabética segundo a qual cada letra era indicada por um certo número de pancadas. Charles Rosma fora mascate e estava com 31 anos ao ser assassinado naquela casa. O assassino fora um antigo inquilino. Mas onde a prova do fato, o cadáver da vítima? A solução seria procurá-lo na adega, onde estaria enterrado. As escavações, porém, não levaram a resultados algum.

No verão de 1848, o próprio Sr. David Fox, auxiliado por alguns interessados, retomou a procura. A uma profundidade de um metro e meio, encontraram carvão, cal, cabelos e alguns fragmentos de ossos humanos; mais nada. As provas do crime eram precárias e insuficientes.

Em 23 de Novembro de 1904, o periódico Boston Journal noticiou a descoberta, na velha cabana dos Fox, do esqueleto de um homem com todas as bugigangas próprias de um mascate. Meninos de uma escola que estavam brincando na adega da casa, agora abandonada, pois tinha fama de mal-assombrada, em meio aos escombros de uma parede falsa, encontraram partes de um esqueleto humano. Junto ao esqueleto estava uma lata costumeiramente usada por mascates. Esta lata encontra-se agora em Lilydale, a sede central dos espíritas norte-americanos, para onde foi transportada a velha casa de Hydesville.

56 anos após os fenômenos de Hydesville, ficou comprovada a história de Charles Rosma, relatada à família de Kate em 1848. Comprovada a exatidão das afirmações feitas pelo mascate assassinado, as Irmãs Fox passaram a se manifestar em reuniões públicas ostensivamente. Esta era uma nova mensagem que vinha do mundo dos Espíritos, conclamando os homens para uma outra posição filosófica-religiosa.

Ao transferir residência para Rochester, a família de John Fox deparou com o primeiro óbice: o pastor da igreja metodista, a que pertenciam, intimou as meninas, sob pena de expulsão, a abjurarem tais práticas. Essa imposição foi repelida pelas irmãs Fox e, por isso, elas foram expulsas daquela comunidade religiosa.

Em Rochester, as meninas tiveram de submeter-se a três investigações públicas, realizadas no Corinthian Hall, e sofreram nas mãos dos investigadores. No decurso das pesquisas, foram despidas e depois, ao se vestirem, tiveram os vestidos amarrados, apertados nos corpos, pondo-se elas sobre um piso isolante, afora outras precauções para se evitar a possibilidade de fraude. No final, as várias comissões que se formaram com esse objetivo declararam que se ouviram batidas distintas nas paredes, no assoalho e em outros objetos, estando as irmãs amarradas. E que suas perguntas, das quais algumas foram feitas mentalmente, tinham sido respondidas corretamente.

Fontes:
http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/biografias/irmasfox.html https://radioboanova.com.br/irmas-fox-conheca-um-pouco-da-historia-da-familia-de-hydesville/

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