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Grandes Nomes do Espiritismo

Anna Prado

Anna Rebello Prado nasceu por volta de 1883 em Parintins, Amazonas. A família Rebello participou ativamente de várias agremiações espiritistas, sendo que seus tios maternos, Emiliano e Jovita, se notabilizaram por difundir o espiritismo na região.

Emiliano participou da fundação da Federação Espírita do Amazonas. A mãe de Anna, Ermelinda de Carvalho Rebello, também tomou parte nas fileiras do movimento espírita. Não há registros sobre sua infância e adolescência, que deve ter ocorrido em sua cidade natal, onde se casou no dia 9 de junho de 1901, com o cearense Eurípedes de Albuquerque Prado.

Eurípedes sempre se preocupou com as questões da imortalidade da alma. Comerciante, jornalista, professor e homem público, ocupou o cargo de Superintendente Municipal de Parintins (atual cargo de prefeito), conheceu a Doutrina Espírita e se devotou às atividades espíritas em sua cidade.

Mais tarde, o casal, com os filhos Eurídice, Eratósthenes, Antonina e Dinamérico, se transferiu para a capital paraense. Conhecendo teoricamente os fenômenos das mesas girantes e não encontrando no meio espírita belenense adesão para as experiências, Eurípedes optou por realizá-las em sua própria casa.

Anna, refratária, não participou das primeiras reuniões realizadas pelo marido e os dois filhos mais velhos, sempre alegando afazeres domésticos ou descrença. Finalmente, numa tarde de domingo, não teve como se esquivar e participou da reunião. Os primeiros fenômenos registrados foram em torno da mesa: estalidos e violentos abalos. Depois, foi a tiptologia (forma de comunicação obtida pela sucessão de pancadas ou batidas curtas); arremesso de objetos ao solo; culminando com o transporte de uma flor do jardim para a mesa da casa.

Seguiram-se materializações na obscuridade, apenas perceptíveis pelo tato que, gradualmente, passaram a ser feitas à luz tênue. A princípio de membros esparsos; um braço; algumas mãos; etc. até o aparecimento de vultos perfeitos, reconhecidos pelos próprios parentes.

As faculdades mediúnicas de Anna tiveram rápido desenvolvimento. Do interior do lar, alcançaram o domínio público, ultrapassando as fronteiras paraenses, para, logo mais, varar os limites do nosso país e do continente americano, sendo noticiados na França e Alemanha.

Anna sofreu toda sorte de tribulações. O preconceito da época a difamou e a perseguiu, atacando-a de várias formas. Foi acusada publicamente de comediante e se sujeitou a provas rudes, como a ser encerrada em uma gaiola de ferro, durante o transe, para provar a verdade dos fenômenos que provocava: tiptologia, raps, levitação de objetos, escrita direta, sonambulismo, transporte, desdobramento, desmaterialização, aparecimento de luzes espirituais, psicofonia e audiência.

Tudo foi fartamente documentado, com atas e fotos. Estando em Belém, em processo sonambúlico, ela visita a família em Parintins, revelando fatos desconhecidos que ali se desenrolavam, todos confirmados em cartas posteriores pelos parentes.

As materializações eram de mais de um espírito ao mesmo tempo. Certa feita, com incômodo abscesso na boca, a própria médium foi operada, em transe, por espírito de médico materializado.

Em uma das sessões, no dia 27 de outubro de 1922, materializa-se o espírito Maria Alva que, à vista de todos, transforma uma echarpe que vestia em uma cesta de vime e, depois, em uma bandeja cheia de flores. Outro extraordinário fenômeno foi o das flores secas. Em 25 de janeiro de 1920, o Coronel Simplício Costa entregou ao espírito materializado João algumas flores. Estas lhe foram devolvidas secas, pelo mesmo espírito, em outra sessão, quatorze meses depois. João era o espírito orientador de Anna Prado que, em vida, fora seu tio materno, Felismino Olympio de Carvalho Rebello.

Ciente do interessante fenômeno produzido pela médium Francisca Jatahy, a psicografia cutânea, Anna Prado pediu ao espírito João que tentasse idêntica experiência. Logo mais apareceria escrito nos braços da médium: “Deus e João”. Esse fato foi publicado na Revista Reformador, da Federação Espírita Brasileira - FEB, de 1º de novembro de 1921. Anna também provocou a germinação, em uma sessão de trinta minutos, de sementes de eucalipto vindas do Rio de Janeiro.

Durante o desenvolvimento de sua tarefa mediúnica, Anna Prado ofereceu inúmeras provas da veracidade dos fenômenos: Annita (menina de seus treze anos), sempre que se materializava, produzia belíssimas flores em parafina; João, materializado, executou vários moldes de seus pés e mãos em parafina; Rachel Figner, cujas materializações atingiram altíssima perfeição, realizou notáveis trabalhos em parafina, além de ter se materializado, em 28 de abril de 1921, para seu pai, Frederico Figner, materializações essas registradas em fotografia. O fenômeno teve ampla cobertura da imprensa regional à época, muito contribuindo para a divulgação da Doutrina Espírita

Após cinco anos de intensa produção mediúnica, Anna Prado regressou à vida espiritual. Sofreu um acidente em casa com seu fogão a álcool. O óbito, registrado a 23 de abril de 1923, deu como causa da morte colapso consecutivo à queimadura extensa do corpo. Tinha ela, então, trinta e nove anos de idade.

Francisco Cândido Xavier a ela se referiu no programa Pinga-Fogo, da TV Tupi/SP, em 28 de julho de 1971, como a responsável por fenômenos de materialização dos mais legítimos.

Fontes:
https://www.febnet.org.br/blog/geral/noticias/efemeride-desencarnacao-de-anna-prado/ http://fraterluz.blogspot.com/2013/08/biografia-anna-prado.html

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