Grandes Nomes do Espiritismo
Inácio Bittencourt
Inácio Bittencourt nasceu em 19 de abril de 1862, na Ilha Terceira, Arquipélago dos Açores.
Emigrou para o Brasil ainda jovem, buscando um ideal que sua intuição afirmava poder encontrar em sua segunda pátria. Sem qualquer proteção ou amparo, desembarcou no Rio de Janeiro sozinho e com irrisória quantia no bolso.
Aos vinte anos tomou contato com o espiritismo. Bastante enfermo e desesperançado, foi levado a um médium de nome Cordeiro e, graças ao auxílio espiritual recebido, teve a sua saúde prontamente restabelecida.
Inconformado com a rapidez da cura, lá voltou e indagou ao médium: "Não sendo o senhor médico, não indagando quais eram os meus padecimentos e não me tendo auscultado ou apalpado qualquer um dos órgãos, como pôde curar-me?"
E a resposta veio incontinenti: "Leia "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e "O Livro do Espíritos". Medite bastante e neles encontrará a resposta para a sua indagação".
Bittencourt seguiu o conselho e, com grande surpresa e naturalidade, viu aflorar nele algumas faculdades mediúnicas. Rompido o véu inicial e descortinando novas verdades, dedicou-se à tarefa de divulgação e assistência espiritual aos necessitados.
Aos trinta anos de idade já alcançava grande destaque no meio espírita e mesmo fora dele. Fundou a 1º de maio de 1912 e dirigiu-o durante mais de trinta anos, o semanário "Aurora", que se tornou conhecido e apreciado veículo de divulgação doutrinária. Sob sua presidência foi fundado, em 1919, o "Abrigo Tereza de Jesus", tradicional obra assistencial, ainda em funcionamento, dedicada a crianças desamparadas de ambos os sexos.
Fundou o “Centro Cáritas”, juntamente com Samuel Caldas e Viana de Carvalho, presidindo-o até a data da sua desencarnação. Tomou parte ativa na fundação da "União Espírita Suburbana" e do "Asilo Legião do Bem", que acolhe vovozinhas desamparadas. Durante alguns anos exerceu também a Vice-Presidência da Federação Espírita Brasileira, além de presidir o "Centro Humildade e Fé", onde nasceu a "Tribuna Espírita", por ele dirigida durante alguns anos.
Sua mediunidade receitista e curadora dividiu opiniões. Chegou a ser processado algumas vezes "por exercício ilegal da medicina", mas sempre absolvido.
Certa vez, no Centro Cáritas, durante uma prece ouviu-se, de forma nítida, acordes de um violino. O artista invisível executava belíssima melodia, envolvendo a todos em profunda emoção. Bittencourt, então, salientou que aquela audição representava magnânima manifestação da graça de Jesus, permitindo que chegasse a todos que ali estavam, o auxílio de que, individualmente, mais necessitavam.
Manifestações dessa natureza não eram raras nesse local.
Não somente como médium receitista e curador Inácio Bittencourt conquistou notoriedade, estima e admiração. Igualmente como médium de maravilhosa inspiração, manifestou admirável fluência verbal sempre que assomava às tribunas doutrinárias, principalmente as da Federação Espírita Brasileira, a cujas sessões de estudos comparecia com assiduidade.
Embora não fosse dotado de cultura acadêmica, escrevia artigos doutrinários surpreendentes e fazia uso da palavra de forma eloquente. Falando sempre com clareza e simplicidade, esforçou-se em desvendar, para todos, o véu que oculta as verdades eternas, comumente chamada pelos homens de “mistérios divinos”.
Aos 80 anos de idade, retornou à pátria espiritual. Dias antes, com a coragem e a serenidade de um justo, ditou para familiares os termos do convite para o seu funeral: "A família Inácio Bittencourt comunica o seu falecimento. A pedido do morto, dispensam-se flores". Dona Rosa, sua bondosa companheira, ponderou: "Você amontoou flores na vida terrena e essas flores virão agora engalanar a sua vida espiritual". O velho seareiro, demonstrando mais uma vez a capacidade de transigência do seu espírito altamente evoluído, aquiesceu: "Está bem. Concordo com você e aceito as flores. Elas significarão a simpatia e o afeto de bondosos amigos para com o meu Espírito. Mas desejo que se transformem na derradeira homenagem que presto a você, nesta encarnação, ofertando-lhas logo após recebê-las. Nosso filho Israel se encarregará de proceder à oferenda".
Inácio Bittencourt foi um exemplo vivo de virtudes santificantes. A todos os golpes da malquerença e da ofensa, replicava com um sorriso e perdão incondicional. Soube ser tolerante e compreensivo para com aqueles que o criticavam. Levou a assistência material e espiritual a todos que dela necessitavam, fazendo com que sua ação benfazeja enaltecesse os preceitos evangélicos ofertados por Jesus. Como poucos, soube viver e praticar os ensinamentos deixados pelo meigo rabi da Galileia.
Desencarnou no Rio de Janeiro a 18 de fevereiro de 1943.
Emigrou para o Brasil ainda jovem, buscando um ideal que sua intuição afirmava poder encontrar em sua segunda pátria. Sem qualquer proteção ou amparo, desembarcou no Rio de Janeiro sozinho e com irrisória quantia no bolso.
Aos vinte anos tomou contato com o espiritismo. Bastante enfermo e desesperançado, foi levado a um médium de nome Cordeiro e, graças ao auxílio espiritual recebido, teve a sua saúde prontamente restabelecida.
Inconformado com a rapidez da cura, lá voltou e indagou ao médium: "Não sendo o senhor médico, não indagando quais eram os meus padecimentos e não me tendo auscultado ou apalpado qualquer um dos órgãos, como pôde curar-me?"
E a resposta veio incontinenti: "Leia "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e "O Livro do Espíritos". Medite bastante e neles encontrará a resposta para a sua indagação".
Bittencourt seguiu o conselho e, com grande surpresa e naturalidade, viu aflorar nele algumas faculdades mediúnicas. Rompido o véu inicial e descortinando novas verdades, dedicou-se à tarefa de divulgação e assistência espiritual aos necessitados.
Aos trinta anos de idade já alcançava grande destaque no meio espírita e mesmo fora dele. Fundou a 1º de maio de 1912 e dirigiu-o durante mais de trinta anos, o semanário "Aurora", que se tornou conhecido e apreciado veículo de divulgação doutrinária. Sob sua presidência foi fundado, em 1919, o "Abrigo Tereza de Jesus", tradicional obra assistencial, ainda em funcionamento, dedicada a crianças desamparadas de ambos os sexos.
Fundou o “Centro Cáritas”, juntamente com Samuel Caldas e Viana de Carvalho, presidindo-o até a data da sua desencarnação. Tomou parte ativa na fundação da "União Espírita Suburbana" e do "Asilo Legião do Bem", que acolhe vovozinhas desamparadas. Durante alguns anos exerceu também a Vice-Presidência da Federação Espírita Brasileira, além de presidir o "Centro Humildade e Fé", onde nasceu a "Tribuna Espírita", por ele dirigida durante alguns anos.
Sua mediunidade receitista e curadora dividiu opiniões. Chegou a ser processado algumas vezes "por exercício ilegal da medicina", mas sempre absolvido.
Certa vez, no Centro Cáritas, durante uma prece ouviu-se, de forma nítida, acordes de um violino. O artista invisível executava belíssima melodia, envolvendo a todos em profunda emoção. Bittencourt, então, salientou que aquela audição representava magnânima manifestação da graça de Jesus, permitindo que chegasse a todos que ali estavam, o auxílio de que, individualmente, mais necessitavam.
Manifestações dessa natureza não eram raras nesse local.
Não somente como médium receitista e curador Inácio Bittencourt conquistou notoriedade, estima e admiração. Igualmente como médium de maravilhosa inspiração, manifestou admirável fluência verbal sempre que assomava às tribunas doutrinárias, principalmente as da Federação Espírita Brasileira, a cujas sessões de estudos comparecia com assiduidade.
Embora não fosse dotado de cultura acadêmica, escrevia artigos doutrinários surpreendentes e fazia uso da palavra de forma eloquente. Falando sempre com clareza e simplicidade, esforçou-se em desvendar, para todos, o véu que oculta as verdades eternas, comumente chamada pelos homens de “mistérios divinos”.
Aos 80 anos de idade, retornou à pátria espiritual. Dias antes, com a coragem e a serenidade de um justo, ditou para familiares os termos do convite para o seu funeral: "A família Inácio Bittencourt comunica o seu falecimento. A pedido do morto, dispensam-se flores". Dona Rosa, sua bondosa companheira, ponderou: "Você amontoou flores na vida terrena e essas flores virão agora engalanar a sua vida espiritual". O velho seareiro, demonstrando mais uma vez a capacidade de transigência do seu espírito altamente evoluído, aquiesceu: "Está bem. Concordo com você e aceito as flores. Elas significarão a simpatia e o afeto de bondosos amigos para com o meu Espírito. Mas desejo que se transformem na derradeira homenagem que presto a você, nesta encarnação, ofertando-lhas logo após recebê-las. Nosso filho Israel se encarregará de proceder à oferenda".
Inácio Bittencourt foi um exemplo vivo de virtudes santificantes. A todos os golpes da malquerença e da ofensa, replicava com um sorriso e perdão incondicional. Soube ser tolerante e compreensivo para com aqueles que o criticavam. Levou a assistência material e espiritual a todos que dela necessitavam, fazendo com que sua ação benfazeja enaltecesse os preceitos evangélicos ofertados por Jesus. Como poucos, soube viver e praticar os ensinamentos deixados pelo meigo rabi da Galileia.
Desencarnou no Rio de Janeiro a 18 de fevereiro de 1943.
Fontes:
https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/06/Inacio-Bittencourt.pdf